terça-feira, 13 de julho de 2010

Verso dado a todos os instrumentadores...

Ao curvar-te
Com a lâmina rija do teu bisturi
sobre o cadáver desconhecido,
lembra-te que este corpo
Nasceu do amor de duas almas.

Cresceu embalado pela fé e esperança
daquela que em teu seio o agasalhou
sorriu e sonhou os mesmos sonhos
das crianças e dos jovens
Por certo amou e foi amado, e,
sentiu saudade dos outros que partiram.

Acalentou uma manhã feliz
e agora jaz na fria lousa
sem que por ele tivesse sido
derramada uma lágrima sequer.

Seu nome só Deus sabe,
mas destino inexorável
deu-lhe o poder e a grandeza
de sentir a humanidade
que por ele passou indiferente


[Rabistansk]

Nenhum comentário:

Postar um comentário