quarta-feira, 4 de abril de 2012

Minhas mãos

Acho que preciso aprender a caminhar com minhas mãos,
já que meus pés não me levam a mais nenhum lugar...
Nada novo, nem velho
sempre mais do mesmo...

Entendo que o inverno deveria ser calmo e frio,
já que a noite me cobra pelo arrependimento do dia...
Nada bagunçado demais
sempre dentro de um abrigo vazio

Olho pra mim e não vejo nenhuma boa noitícia
Sou bom no que faço
E o que faço melhor é parar...

Acho que preciso aprender a errar melhor,
já que me assusto quando as coisas parecem melhorar...
Nada que eu já não saiba,
Fiquei bom em me enganar...

Entendo que você queira me julgar,
Já que é tão fácil odiar...
Nada que eu não tenha te ensinado
Nessa brincadeira de criar...

Olho pra mim e não vejo nenhuma boa notícia
Sou bom no que faço
E o que faço melhor é parar...

Simples como a idéia que escapa é o sorriso que divaga
inapto e lírico, seguindo a forma do talvez.
E isso nem é tudo, apenas a parte, contraparte, comporta, ferrolho...

Entendo que as rodas giram e a sinceridade trava,
enxergo como a chuva cai e a garganta seca...
Nada que eu não tenha experimentado
nessa peça de respirar.

Olho pra mim e não vejo nenhuma boa notícia
Sou bom no que faço
E o que faço melhor é parar...